Mato Grosso do Sul embarca para as Paralimpíadas com o sonho da medalha de ouro. E tem chances! O atleta Yeltsin Jacques, de 33 anos, realizou seu último treino na manhã desta quarta-feira (14), no Parque Ayrton Senna, em Campo Grande. Ainda hoje, ele embarca para São Paulo e, em seguida, para Paris.
Otimista após atingir um recorde durante o Campeonato Mundial de Atletismo, em maio, no Japão, Yeltsin vai a Paris confiante na conquista de uma medalha. “A gente está muito bem pra chegar e trazer a medalha de ouro para gente, se Deus quiser, até poder comemorar aqui no Mato Grosso do Sul.
Em maio, o atleta sul-mato-grossense foi campeão da prova de 5.000 metros da classe T11 (atletas com deficiência visual), no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Kobe, no Japão. Na oportunidade, quebrou novo recorde mundial da prova, com o tempo de 14min53s97. O melhor tempo, até então, era do japonês Kenya Karasawa, que havia estabelecido 14min55s39.
Treinos de alto rendimento em Campo Grande
É em Campo Grande, no Parque Ayrton Senna, que Yeltsin se prepara para as competições. Junto dele, uma equipe de alto rendimento garante a preparação para a performance recordista nos campeonatos.
“A gente tem um centro de treinamento de alto rendimento aqui, tem a pista excelente, a academia excelente também, a gente faz todo o trabalho a acompanhamento com a fisioterapia, com médicos”, afirma o atleta que é recebe o Bolsa Atleta do Governo de Mato Grosso do Sul.
Para Paris, Yeltsin viaja com dois atletas guia: Guilherme Ademilson e Antonio Henrique Lima. Desde o campeonato no Japão, a equipe se prepara para as Paralimpíadas com treino de velocidade, focada na competição.
Confiante na medalha
“Estou com sangue no olho para bater esse recorde em Paris. A missão do recorde foi comprida, para as pessoas ter um pouco de noção da velocidade, é um pouco acima de 20km por hora. Foi bastante rápido e estou bem feliz”, disse o atleta, animado.
Yeltsin Francisco Ortega Jacques foi convocado para disputar as provas de 1.500 e 5.000 metros na classe T11, destinada a atletas cegos. Recordista mundial nas duas provas e atual campeão mundial dos 5.000m, Yeltsin entra como favorito para conquistar medalhas.
Isso porque na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Tóquio-2020, ele levou o ouro nas duas categorias e ainda garantiu o recorde mundial.
Paralimpíadas em Paris
A primeira convocação dos atletas brasileiros foi anunciada pelo CTB (Comitê Paralímpico Brasileiro) em 25 de junho. Já a segunda, em 11 de julho.
Por fim, a terceira convocação ocorreu no dia 18 de julho, com os nomes do tênis em cadeira de rodas.
Assim, somando com a primeira lista de convocação, a delegação brasileira já conta com 277 participantes em Paris. Essa já é a maior delegação brasileira convocada para uma edição dos Jogos fora do Brasil.
Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze), ou seja, faltam 27 para alcançar seu 400º pódio no evento.
Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida no Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 de Londres 2012. Ainda foram mais 20 pratas e 30 bronzes no Japão.
*Com informações:Midiamax
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