Investigações da PF (Polícia Federal) apontam que o proprietário de casa de luxo comprada pelo conselheiro afastado do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Waldir Neves, em nome de laranja, recebeu espécie de ‘mesada’ da empresa Docsynet Gestão Eletrônica de Documentos Ltda. como parte do pagamento.
Tudo foi apurado no decorrer da Operação Casa de Ouro, em que a PF chegou a pedir a prisão de Waldir Neves, que foi negada pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão. O foco foi identificar o caminho do dinheiro que saia do TCE-MS através de contratos fraudulentos com empresas de informática ligadas ao conselheiro afastado e chegava até imóveis de luxo.
Dessa forma, a PF concluiu que o verdadeiro dono de um imóvel na Rua Euclides da Cunha, bairro Santa Fé, seria Waldir Neves, mas que estava em nome de seu assessor, que atuava como laranja no esquema, João Nercy Cunha Marques de Souza.
Na compra desse imóvel, que tinha Abelardo Teixeira Fraga como proprietário, Waldir Neves utilizou R$ 460 mil em espécie, o que levantou suspeita da PF.
Conforme apurado pela PF, Abelardo, que era dono da empresa OM2L Soluções em Informática Ltda., recebeu um total de R$ 160 mil em dinheiro – uma parcela de R$ 40 mil e outras de R$ 20 mil entre maio e novembro de 2018 – que tinha como origem a empresa Dataeasy, que tinha contrato de R$ 102 milhões com o TCE-MS, após licitação que teria sido fraudada pelo então presidente da Corte, Waldir Neves.
*Com informações:Midiamax
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