sábado , 23 de novembro de 2024
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Governo cria Centro de Operações de Emergência para monitorar SRAG e Arboviroses em MS

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O Governo do Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), criou o novo COE (Centro de Operações de Emergência) que será publicado nesta segunda-feira (3), em Diário Oficial. O objetivo do novo COE será para auxiliar os municípios na definição de diretrizes de vigilância para prevenção, controle, acompanhamento e avaliação de ações desenvolvidas para a SRAG (doenças respiratórias) e Arboviroses.

Representantes de diversas áreas da Saúde estiveram reunidos na tarde de sábado (1º), às 17 horas, onde criaram um comitê estratégico para definir as primeiras estratégias do novo COE. Entre as decisões foi pactuado o monitoramento por meio de boletins diários informando quanto a evolução de novos casos das arboviroses no Estado. A mesma estratégia também será aplicada no monitoramento da SRAG.

Ainda na manhã de sábado, o comitê estratégico realizou visita técnica no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) para acompanhar a situação de internações in loco.

Alerta Epidemiológico

Outro ponto definido pelo Comitê foi quanto a divulgação imediata do Alerta Epidemiológico à população em razão do período sazonal dos vírus respiratórios. Com a alta circulação de vírus respiratórios, os serviços de saúde públicos e privados se encontram superlotados. Por isso, a SES/MS orienta os 79 municípios a fazer o monitoramento dos casos notificados em território estadual.

A SES/MS esclarece que a detecção dos vírus respiratórios permite avaliar como os agentes etiológicos estão circulando na comunidade, quais perfis de pessoas estão sendo mais acometidas e com isso embasar estratégias de prevenção e controle, evitando novos casos com evolução grave e desfecho óbito.

A vigilância de Síndrome Gripal (SG) em Unidades Sentinelas tem como principais objetivos, identificar os vírus respiratórios em circulação no país, além de permitir o monitoramento da demanda de atendimentos por SG. Atualmente o Estado possui 6 unidades sentinelas implantadas: Campo Grande (2), Corumbá (1), Dourados (1), Ponta Porã (1) e Três Lagoas (1).

Dos 791 casos de SRAG registrado no Estado – na faixa etária de 0-9 anos, nas Semanas Epidemiológicas 01 a 12, 298 casos houve detecção de agentes etiológicos, sendo 6 casos de coinfecção. Dos vírus identificados os mais prevalentes foram Vírus sincicial respiratório (47%), Rinovírus (27,6%), SARS-CoV-2 (12,2%).

Já os demais 155 registrados casos não foram possíveis identificar o agente etiológico causador da SRAG e 338 casos ainda se encontram sem encerramento pelos notificadores no sistema oficial nos municípios.

Nota Técnica uso do medicamento Palivizumabe

O comitê ainda decidiu pela publicação da Nota Técnica aos municípios quanto ao uso do medicamento Palivizumabe – como medida preventiva destinada a crianças prematuras nascidas com idade gestacional ≤ 28 semanas (até 28 semanas e 6 dias) com idade inferior a 1 ano (até 11 meses e 29 dias). Crianças com idade inferior a 2 anos (até 1 ano, 11 meses e 29 dias) com doença pulmonar crônica da prematuridade, displasia broncopulmonar, ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica emonstrada.

A primeira dose deve ser administrada um mês antes do início do período de sazonalidade do VSR e as quatro doses subsequentes devem ser administradas com intervalos de 30 dias durante este período no total de até 5 doses. Vale ressaltar que o número total de doses por criança dependerá do mês de início das aplicações, variando, assim, de 1 a 5 doses, não se aplicando após o período de sazonalidade do VSR.

A administração deste medicamento deve ser feita somente por pessoa experiente na aplicação de forma injetável de medicamentos. A posologia recomendada de palivizumabe é 15 mg/kg de peso corporal, administrados uma vez por mês durante o período de maior prevalência do VSR previsto na respectiva comunidade, no total de, no máximo, cinco aplicações mensais consecutivas, dentro do período sazonal do nosso estado que é de março a julho. Basta procurar uma unidade de saúde credenciada.

Arboviroses – Dengue, Zika e Chikungunya

O COE deve auxiliar os 79 municípios em ações de enfrentamento às arboviroses no Estado. O monitoramento acontece em todos os municípios, mas com olhar mais atento nos 12 municípios de fronteira, considerando que Corumbá, por exemplo, que faz divisa com a Bolívia e lá há registro de alta incidência de dengue no país vizinho. Já na região do Paraguai que faz divisa com Ponta Porã, há registros de aumento casos de chikungunya.

Devido a fronteira seca entre esses países, muitos moradores saem do lado da fronteira em busca de atendimento médico nos municípios brasileiros em Mato Grosso do Sul. Então, a razão do monitoramento nestas regiões, bem como, em todo o Estado.

De acordo com um último Boletim da Dengue, divulgado em 29 de março, o Estado registra 53 municípios com alta indecência de dengue e os sorotipos circulantes estão descritos no boletim.

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