Os dois dias de visita do governador Eduardo Riedel à Brasília (DF) renderam, além de R$ 1 bilhão em recursos para rodovias federais em Mato Grosso do Sul, avanços em questões importantes para a logística sul-mato-grossense, que evolui para oferecer melhor infraestrutura para escoar a produção local até os portos do litoral.
Em encontro na semana passada com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e toda diretoria da ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres), foi encaminhado a criação de um grupo de trabalho para agilizar as relicitações da ferrovia Malha Oeste (antiga Noroeste do Brasil) e da rodovia federal BR-163.
“Esse avanço é fundamental para atrair capital privado para Mato Grosso do Sul. Essa ação terá a ANTT se fazendo presente, e quer muito claramente ter uma resposta, buscar a conclusão desse processo”, comenta o governador Eduardo Riedel.
O governador visitou diversos ministérios na semana passada, entre eles o Ministério dos Transportes, onde também falou com os diretores da ANTT. “Concluindo esses estudos, fecharemos o processo e iremos ao mercado oferecer esses produtos”, conclui.
Encabeçado pelo titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, o grupo contará ainda com o secretário de Infraestrutura e Logística, Helio Peluffo, e com a secretária espeial de Parcerias Estratégias do Governo de Mato Grosso do Sul, Eliane Detoni.
“A ANTT terminou os estudos, e isso é importante. Porém, não foi feita a modelagem das licitações, e esses são dois projetos que precisam ser relicitados. Eu vou coordenar esse grupo, que terá ainda a participação da diretoria da ANTT. Nossa próxima reunião vai acontecer na primeira quinzena de março”, explica Verruck.
O secretária ainda conta que nesse próximo encontro, que ocorrerá em Brasília, a ANTT vai apresentar detalhes dos referidos estudos e propostas de modelagem. “Queremos agilizar esse processo para que dentro desse ano ainda saiam as licitações”.
Malha Oeste
No caso da Malha Oeste, que vai de Corumbá até a paulista Mairinque, passando por Aquidauana, Campo Grande, Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, existe uma dúvida sobre o melhor formato: fazer uma rebitolagem da estrada férrea ou manteria a bitola atual – a bitola é a medida utilizada para determinar o tamanho dos trilhos.
“O governador sabe da importância do projeto, até para que se economize nas rodovias. Para não gastar tanto dinheiro na BR-262 é preciso ter uma ferrovia ali”, frisa Jaime, reforçando ainda que a definição de um modelo de concessão é que vai gerar atratividade do negócio para a iniciativa privada buscar assumi-lo.
BR-163
Já no caso da BR-163, será analisada a viabilidade da divisão em trechos na nova licitação. A proposta inicial da ANTT é que a rodovia seja licitada no trecho entre Sonora e São Gabriel do Oeste, e no trecho entre São Gabriel e Mundo Novo, incluindo aí também a concessão da BR-267 entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu.
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