O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), vai à Brasília nesta quinta-feira (19), para discutir soluções para dois problemas emergenciais que atingem o Estado: os conflitos por terra e os incêndios florestais. O tucano se reúne com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Riedel adiantou que levará relatório sobre conflitos entre indígenas e policiais, na região de fronteira, para os magistrados do STF. O indígena Indígena Ñande Ru Marangatu foi morto com um tiro na cabeça durante conflito com policiais militares no Território Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João, fronteira com o Paraguai. Há quase três décadas o local é palco de conflitos e mortes na luta pela terra envolvendo os guaranis-kaiwás e fazendeiros.
A Aty Guasu (Grande Assembleia Guarani-Kaiowá) acusa a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul de “massacre” e afirma em postagem nas suas redes sociais que equipes da Tropa de Choque atacaram a área de “retomada”, na Fazenda Barra, com intenção deliberada de matar. Imagens gravadas pelos guarani-kaiowá mostram indígenas correndo, fumaça provocada por bombas usadas pelos policiais e o corpo de Neri no chão.
Na sequência, o governador participa de reunião com ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, para discutir um programa de resposta rápida aos incêndios florestais que se alastraram por todo o País. O encontro contará com a presença dos governadores de outros estados atingidos pelo fogo, entre eles Pará, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Acre, Tocantins, Roraima e Distrito Federal, além dos vice-governadores de Rondônia e do Amapá.
Com o encontro o ministro pretende para ouvir os pedidos de ajuda dos Estados mais atingidos para traçar um diagnóstico. O governo federal anunciou nesta quarta-feira (17), a liberação de crédito extraordinário de R$ 514 milhões para combater as queimadas. Os recursos, serão distribuídos em diversos ministérios e serão usados para a aquisição de equipamentos e para a execução de medidas no curto prazo. O dinheiro será aplicado em parceria com os estados e os municípios.
Fonte: Campo Grande News
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