O Ministério da Saúde iniciou uma estratégia nacional para vacinar adolescentes de 15 a 19 anos contra o HPV (papilomavírus humano). A ação visa imunizar aqueles que ainda não receberam a vacina desde 2014, ano de sua introdução no Brasil, e proteger essa faixa etária de doenças graves, como o câncer de colo do útero.
A prioridade será vacinar jovens em 121 municípios com altas taxas de não imunização. Nesses locais, cerca de 2,95 milhões de adolescentes precisam ser vacinados. A meta do Ministério é alcançar pelo menos 90% de cobertura entre o público-alvo.
Para isso, a estratégia inclui um microplanejamento que envolve a mobilização de estados e municípios. A vacinação será realizada em locais estratégicos como escolas, universidades e centros de saúde. Cada município desenvolverá planos de ação com base nas necessidades locais, para garantir que todos os adolescentes que perderam a oportunidade de se vacinar sejam atingidos.
Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), destacou que a ação é essencial para proteger os jovens e reduzir a vulnerabilidade a doenças relacionadas ao HPV. “Temos vacinas suficientes e um planejamento sólido para alcançar todos os adolescentes, inclusive aqueles fora da faixa etária recomendada”, afirmou.
Além disso, foi lançado um painel tecnológico para apoiar gestores municipais. A ferramenta permite visualizar as coberturas vacinais desde 2014, facilitando a identificação das áreas mais críticas e a comparação do progresso ao longo dos anos. “O painel será fundamental para o planejamento e para direcionar os esforços de vacinação para as populações mais vulneráveis”, explicou Gatti.
Os estados com os maiores índices de adolescentes não vacinados contra o HPV são Rio de Janeiro, Acre, Distrito Federal, Roraima e Amapá. Em 2024, estima-se que cerca de 7 milhões de jovens de 15 a 19 anos ainda não terão sido imunizados. O Ministério da Saúde disponibiliza as orientações detalhadas para a execução da estratégia no site oficial, por meio da publicação “Recomendações para o resgate dos não vacinados com a vacina HPV”.
Deixe um comentário