Manifestantes do movimento sem terra também ocuparam o prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), na manhã desta segunda-feira (28) para tentar respostas sobre assentamento localizado em Sidrolândia, município a 71 quilômetros de Campo Grande.
Conforme a representante de Mato Grosso do Sul na direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Laura dos Santos, não há previsão de liberar o prédio.
“Não temos previsão de horário para sair daqui, porque queremos que o ministro de Desenvolvimento Agrário e o presidente do Incra nacional conversem com a gente. Já tivemos várias discussões com o Incra de Mato Grosso do Sul, mas não temos nenhuma resposta concreta e efetiva de quais áreas as famílias serão assentadas”, disse.
Ela explica que ocuparam o térreo do prédio por volta das 7h40, com pessoas do Movimento Unitário de Mato Grosso do Sul, que é composto pelo MST, MClra e outros movimentos sociais.
“A nossa pauta é abrir diálogo com o Governo Federal e discutir um assentamento em Sidrolândia. É uma área que tem indicação de ser assentada, e o proprietário deve 300 milhões de impostos para o governo. Nós estamos reivindicando para que essas famílias do Movimento Unitário sejam assentadas nesse local”, pontuou.
Além disso, a BR-060 e a rodovia estadual MS-164, que liga Ponta Porã e sai na BR-267, próximo a Maracaju, também estão interditadas.
Após negociações com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), manifestantes que bloqueavam a BR-060 decidiram liberar “Pare e Siga” de 15 minutos nos dois sentidos.
O superintendente do Incra MS, Paulo Roberto da Silva, disse que ainda hoje acontecerão reuniões com a equipe de Brasília.
“Ninguém foi avisado previamente que isso aconteceria. É um prédio público, então nem podemos chamar de ocupação. Eles apresentaram uma pauta e nós vamos trabalhar com ela, terão reuniões ainda hoje com Brasília. Vamos estabelecer diálogos com representantes do MDA e do Incra. Na realidade, eles ainda estão se organizando aqui, mas a gente ainda não discutiu os procedimentos”, explicou.
Conforme já divulgado pelo Campo Grande News, a reforma agrária em Mato Grosso do Sul tem 11.601 famílias na fila, espalhadas por 82 acampamentos. Para atender a demanda, é necessário um estoque de 90 mil hectares de terra.
Com informações: Campo Grande News
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