Polícia investiga relação com corpo encontrado carbonizado sem cabeça dentro de um porta-malas na sexta-feira (9). Investigação não aponta relação com crime parecido registrado em agosto.
Uma cabeça humana foi encontrada em uma calçada do bairro Santa Tereza, na Zona Sul de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (13). De acordo com a Polícia Civil, que atendeu a ocorrência por volta das 11h, a cabeça foi deixada dentro de uma mochila entreaberta na esquina entre a Rua Cruzeiro do Sul e a Avenida Divisa.
A polícia investiga se a cabeça encontrada nesta terça é da mesma vítima cujo corpo, sem a cabeça, foi encontrado na sexta-feira (9), dentro de um carro carbonizado. O resultado do exame de DNA do corpo é aguardado para confirmar a identidade da vítima, mas a investigação já aponta um possível nome. Familiares da suposta vítima já foram ouvidos durante a investigação do crime de sexta-feira.
Por conta do intervalo entre as duas ocorrências, o delegado Newton Filho, responsável pela investigação, também apura se a cabeça foi descartada no local nesta terça ou se já estava no local desde sexta e só agora foi encontrada.
“A ocorrência foi reportada pelo 190 por um transeunte. A cabeça estava na calçada, dentro de uma mochila mais ou menos aberta. Como não temos imagens, nem indicação de um carro [que tenha descartado a cabeça], não sabemos. Tinha uma lata de lixo grande perto da cabeça, não sabemos se a mochila já estava no lixo, se algum catador encontrou e jogou na calçada. Não faz sentido alguém ficar cinco dias com uma cabeça humana guardada”, diz o delegado.
Não há câmeras de segurança no local, mas a polícia deve procurar imagens de ruas próximas. Testemunhas e familiares da possível vítima devem ser ouvidos novamente.
Caso semelhante
Outro caso semelhante aconteceu no final de agosto em Porto Alegre, na mesma área: uma cabeça humana foi encontrada denro de um saco de lixo por um gari no dia 24 daquele mês, também na Rua Cruzeiro do Sul.
Em princípio, a investigação não trabalha com a possibilidade de relação entre os dois crimes.
“Acreditamos que não tenha relação. É uma ocorrência já finalizada, as pessoas foram presas, e os líderes foram movimentados de cadeia. Foi uma investigação grande, achamos que não tenha relação”, diz Newton.
Por G1 RS
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