O filho de um idoso, de 72 anos, procurou a delegacia para registrar a morte do pai por negligência e imperícia no atendimento do idoso. A morte foi constatada na madrugada desta segunda-feira (21). O idoso procurou atendimento ao menos três vezes antes de conseguir diagnóstico de fratura na vértebra.
O idoso morreu por volta da 1 hora da madrugada. Ele contou na delegacia que o pai tinha boa saúde, porém, no dia 20 de março, o idoso caiu de uma banqueta de madeira, evoluindo para forte dor lombar.
No mesmo dia, procurou atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Sidrolândia, onde recebeu atendimento médico, realizou exame de raio-x, porém não foi constatado fratura. O idoso foi medicado e recebeu alta no mesmo dia, com diagnóstico de dor muscular.
Três dias depois, o idoso foi ao hospital da cidade, onde foi medicado e liberado novamente. Como o pai reclamava de muitas dores, o filho o levou até o Hospital Regional em Campo Grande. Ele deu entrada no dia 24 de março, quando foram feitos outros exames e tomografia do quadril e da pélvis, mas não foi constatada fratura. Ele foi novamente medicado e liberado.
Já no dia 31, mais uma vez o idoso foi ao Hospital Regional, onde foi realizada tomografia da região lombar, que o diagnosticou com fratura na vértebra L3. No dia 5 de abril, o idoso deu entrada na Santa Casa de Campo Grande para realizar a cirurgia da coluna vertebral, mas a vertebroplastia foi adiada.
Dia 11, em razão de alteração na coagulação do paciente, foi adiado novamente. Já dia 14, a cirurgia estava marcada para as 15 horas, contudo não foi possível realizar porque o sangue para transfusão não foi processado e entregue a tempo pelo Hemosul, conforme relatado em boletim de ocorrência.
Nos últimos dias ele ainda recebeu vários atendimentos por estar com falta de ar, sendo encaminhado para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa. E, nesta segunda-feira (21), foi constatado o óbito.
O filho relata ainda que fez requerimento ao SAC do hospital no dia 15, solicitando agilidade na cirurgia de coluna do pai. Ele afirma que acredita que houve negligência e imperícia no atendimento da vítima, em razão na demora no diagnóstico da fratura na coluna e depois, nova demora na realização do procedimento cirúrgico.
A reportagem tentou contato com a Santa Casa, com o Hospital Regional e com a Prefeitura de Sidrolândia, para entender os motivos do diagnóstico tardio e a demora na cirurgia do idoso, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
O caso será investigado pela polícia.
Deixe um comentário