sexta-feira , 20 de setembro de 2024
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João Henrique sugere repetir a estratégia adotada por Bolsonaro na composição de alianças visando 2024

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Para o deputado, é preciso a construção de aliança ampla de partidos aliados com as bandeiras da direita

Divulgação

Nos últimos dias diversos comentários sobre as eleições para 2024 surgiram e, apesar de alguns acreditarem que é cedo para o início de negociações, as especulações nos bastidores não deixam o tema esfriar. É o caso do PSDB, cujas negociações com o MDB e PT têm por objetivo retirar todos os adversários do caminho para vencer sem concorrência e disputa.

O acordão coloca estes partidos no mesmo cesto e balaio. Aquelas frases “voltar à cena do crime” (Geraldo Alckmin/PSDB/dez2017), “o PT é uma cleptocracia” (Gilmar Mendes/STF/set015) e “tem que manter tudo isso como está” (Michel Temer/ex-presidente/2017) infelizmente não perderam o sentido, é o poder pelo poder.

No caminho oposto, o deputado João Henrique (PL) defende a aliança entre partidos da direita para fazer o maior número de vereadores e demais candidaturas no interior para fortalecer o grupo em Mato Grosso do Sul. “O PSDB está aceitando quebrar discursos e gerar um leviatã gigante dentro da base de apoio. Mas nós mostraremos um projeto diferente, contra esse tipo de venda, de ideologia. Temos que espelhar a estratégia utilizada pelo presidente Bolsonaro, que preferiu dividir as lideranças numa maior difusão de partidos – PL, PP, Republicanos, que impulsionaram candidaturas, elegendo número importante de deputados federais e senadores – no PL foram 99 deputados federais, no Republicanos 41, no PP, 47 – no total, eleição de 187 parlamentares. Isso, repetido em nosso cenário municipal, com quatro ou cinco partidos unidos, elegeria um número maior de cadeiras de vereador, – do mesmo modo com outras candidaturas no interior – fortalecendo uma candidatura única de direita. Por isso, centralizar tudo no PL foi uma estratégia rechaçada pelo próprio Bolsonaro em 2022”.

Nesta entrevista, o deputado João Henrique cita nomes como do Capitão Contar, Marcos Pollon, Rafael Tavares e Coronel Davi – que vão ao encontro deste alinhamento de lideranças e maior difusão de partidos, como PP, Patriotas, Republicanos, PRTB, entre outros. E indaga: “Vamos retirar a Tereza Cristina do PP e coloca-la no PL? Não! Ela é bolsonarista, tem a liderança e perderíamos o apoio do PP; ou retirar o Capitão Contar, do PRTB, perderíamos o apoio deste partido. Temos que pensar no fortalecimento dos partidos, na construção de uma ampla aliança entre eles”.

Segundo o deputado, outras lideranças que desejarem ocupar espaços têm que trazer para uma ampla aliança uma candidatura da direita com seus respectivos espaços. Ou seja, todo mundo unido e falando a mesma língua.     

P – O senhor citou que a ideia para as eleições 2024 é seguir a estratégia do presidente Bolsonaro. A qual o senhor se refere?

Deputado JH – Ao contrário do partido do Governo, que está cooptando todo mundo para minar candidaturas, para que elas não promovam embates com o candidato que ele [Governo] escolher, nós, da direita, acreditamos que o grande segredo que precisamos construir para 2024 é repetir, espelhar estratégias do presidente Bolsonaro aqui em Mato Grosso do Sul. Ou seja, nós não podemos deixar todo mundo no PL.

O tamanho do presidente Bolsonaro era tão grande, de apoiadores, de pessoas, que ele decidiu pegar três partidos que falassem a mesma língua dele e dividir este apoio. E o sucesso foi grande, porque só no PL foram 99 deputados federais, no Republicanos 41, no PP, 47 – número significativo de parlamentares. Aqui, nós precisamos ocupar espaços em vários partidos.

Se o presidente Bolsonaro, que é com quem eu tenho intimidade, o Capitão Contar tem intimidade, Marcos Pollon tem intimidade, não designou a gente para entrar tudo num time só, jogar só no PL, por que a gente inverteria esta lógica? Nós estaríamos enfraquecendo, perdendo um aliado. O partido que hoje o Capitão Contar chefia, o PRTB, seria um aliado nosso.  Então nós vamos perder um? Não, nós temos que conquistar outros!

E o que atrai os partidos é exatamente a gente dividir as grandes lideranças em partidos para que a possamos aumentar a quantidade de apoio e a base parlamentar nas Câmaras Municipais. Então, é isso que vai dar esta musculatura às nossas alianças.

P – Deputado, ainda sobre este processo de alianças, o senhor concorda com o ditado citado por uma jornalista de que “boi que chega cedo bebe água limpa”?

Deputado JH – Neste contexto este ditado diz muito. O boi que chega cedo sempre bebe água mais limpa numa fazenda, dentro do curral. Nós estamos falando de política, então, para distribuir os espaços para quem tem, quem chegar mais cedo no curral de quem domina maior quantidade de poder terá talvez a melhor parcela, beberá a maior quantidade de água. Mas será que é a água mais pura? Será que a água que a gente gostaria de ver limpar e lavar – incluindo a corrupção histórica, sistêmica e endêmica de nosso Estado – a mudança de gestão, é a limpeza que a gente gostaria de ver? Não, será uma água suja que eles vão beber.

P – Então, pode-se dizer que a direita deseja se manter firme no propósito da renovação, tão pedida pela população?

Deputado JH – Exatamente! Acredito que a população quer ver isso, quer ver os partidos indo não porque estão sendo abrigados, acobertados, alinhavados acordos bons para os dirigentes apenas. As pessoas, a base, quem vota, quem elege quer ver partidos se colocando na posição de coragem, de construir um projeto realmente diferente, em contraposição a esta hipertrofia construída pelo PSDB no MS hoje.

Quando pensamos em PSDB, MDB e PT num mesmo pacote, nos perguntamos como poderão conviver as lideranças destes partidos, todo mundo junto? Nisso perde-se o objetivo de gestão. Parece-me que o que está acontecendo é uma dominação, não é uma aliança, não é um acordo. Não comporta!! Você tem esquerda radical, direita, centro, rivais históricos, todo mundo ali, junto. Por que? Porque venceu uma eleição para Governo? Parabéns, mas nós temos que construir projetos que nos libertem ideologicamente e administrativamente.

As gestões merecem ver projetos novos irreverentes, corajosos, que trazem grandes ideias. Grandes acordos só servem para manter tudo como está e é o que a população não deseja ver e ela tem mostrado isso nas urnas.

Temos que pensar no fortalecimento dos partidos. Na construção de uma ampla aliança de partidos. Somar com aliados que comunguem dos mesmos valores e bandeiras. Um projeto suprapartidário para direita vencer a eleição e não permitir, PSDB, MDB e PT no projeto do governo

P – Quais nomes têm mais chance de representar a direita em 2024?

Deputado JH – Este nome tem que sair do povo, é ele quem tem que nos dizer qual o nome mais viável. É o povo, a chancela do Bolsonaro e cabe a nós, se não for o meu nome, se não for o nome do Pollon, não for o nome do Capitão Contar, do Tavares, do Davi, ter a humildade para juntar todo mundo e disputar com o candidato mais viável. Esta vaidade na política é que atrapalha, e por isso nós temos que ter o candidato mais viável. Quem é o mais preparado, quem é o mais conectado com a população, quem está mais representando a viabilidade política e o alinhamento nacional com o presidente Bolsonaro? Isso tem que ser colocado internamente e a gente avaliar a qualitativa, quantitativa, pesquisas de opinião, decidir junto, mas independente de partido.

Eu quero dizer que se o candidato mais viável de direita, se tiver alinhamento com o presidente Bolsonaro, alinhamento com o povo e com a viabilidade de sua candidatura, se não estiver no PL, qual o problema?? Se a gente construir alinhamento não vejo problemas! O que eu vejo é que preciso saber dos nomes, dos compromissos, dos projetos e para isso ainda é cedo. Não está na hora, ainda!

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