A pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, o Juiz de Direito Ricardo da Mata Reis, recebeu a denúncia em desfavor de B.N.P., G.A.S., K.R.B. e G.K.T., todos acusados pela morte do médico G.P.R., ocorrida em julho deste ano no município de Dourados.
Com efeito, os acusados viram réus no processo e responderão por homicídio qualificado consumado, tortura e furto qualificado. Sendo assim, o processo será julgado pelo Tribunal do Júri.
Na ação penal, em que se apresenta a denúncia em desfavor de B.N.P., G.A.S., K.R.B. e G.K.T., o MPMS por meio da 14ª Promotoria de Justiça da comarca de Dourados, entendeu que o crime foi perpetrado mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, “uma vez que G.P.R foi atraído até o local onde se encontravam os algozes, em superioridade numérica, rendido com as armas de pressão e imobilizado”.
O Ministério Público alegou, ainda, que os denunciados G.A.S., K.R.B. e G.K.T, agiram a mando e sob as coordenadas da ré B.N.P., todos previamente em combinação, e após terem torturado G.P.R, subtraíram um aparelho celular Iphone 11 para a codenunciada B.N.P.
Crime planejado
De acordo com as investigações, o médico G.P.R e B.N.P., se conheciam há algum tempo e estavam envolvidos em um esquema ilícito, caracterizados como golpes de transações bancárias. Sucede que, em determinado momento, resultou em uma animosidade decorrente de uma dívida da denunciada para com a vítima, no valor de R$ 500.000, decorrente das negociatas que firmaram outrora.
Ao que se apurou, B.N.P. não estava disposta a repassar o valor cobrado pelo médico, e este ameaçou entregar o esquema criminoso, pois detinha elementos para tanto. Assim, temendo ser descoberta, a acusada tomou a decisão de ceifar sua vida. Nessa linha, contratou G.A.S., K.R.B. e G.K.T, todos residentes da cidade de Pará de Minas/MG. Dessa forma, premeditou o delito, elaborou uma trama criminosa complexa, a qual acompanharia de perto, para garantir o sucesso do evento delinquente.
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