Desde o início de 2025, 12 mulheres já foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Cinco delas morreram em fevereiro, duas em março, uma em abril e quatro em maio.
A primeira vítima foi Karina Corim, baleada pelo ex Renan Dantas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada do dia 4 de fevereiro, no Hospital da Vida, em Dourados. Ela estava internada em estado gravíssimo desde sábado (1º) do referido mês, quando sofreu a tentativa de feminicídio, agora consumado, em uma loja na Avenida XV de Novembro, em Caarapó.
A segunda vítima foi a jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, que morreu no dia 12 de fevereiro na Santa Casa de Campo Grande. Ela foi esfaqueada pelo ex-noivo Caio Nascimento no dia anterior, na casa dela na região do bairro São Francisco.
Vanessa chegou a ser socorrida e encaminhada já em estado grave para o hospital. Porém, o quadro não melhorou e ela faceleu.
Caio foi preso em flagrante pela Polícia minutos após o crime. O casal tinha um relacionamento há algum tempo e moravam juntos. No entanto, na madrugada desta quarta-feira, Vanessa procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhada de um amigo, para registrar um boletim de ocorrência contra o companheiro.
Uma medida protetiva foi deferida, mas não chegou a ser entregue. Ao voltar para casa com o amigo, Caio a esperava e a esfaqueou.
No dia 18 de fevereiro, Juliana Domingues, 28 anos, foi morta na frente do filho de 8 anos, na comunidade indígena Ñu Porã, em Dourados. Wilson foi preso na manhã desta quarta-feira (19) na aldeia Teykuê, em Caarapó, após uma operação conjunta do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Dourados, da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da equipe da Delegacia de Polícia de Caarapó.
Ele havia fugido de bicicleta logo após o feminicídio.
Ainda em fevereiro, Mirieli Santos, de 26 anos, foi assassinada a tiros pelo companheiro Fausto Junior Aparecido de Oliveira, de 31 anos, no início da manhã do sábado (22), em Água Clara.
O companheiro, inclusive, teria levado o corpo da jovem para o hospital da cidade em uma caminhonete Chevrolet S-10 branca e fugido logo na sequência.
“É com imenso pesar que recebemos a informação do falecimento da jovem Mirieli Santos. Desejamos os mais sinceros sentimentos a todos os familiares e amigos. Momento de muito tristeza para todos nós”, postou a prefeita Gerolina Alves na época.
No dia 24 de fevereiro foi a vez da idosa Emiliana Mendes, de 65 anos, ser a vítima de feminicídio pelo seu companheiro, que não teve o nome divulgado, mas tem 37 anos. Ele esganou a idosa, além de arrastar o corpo da mulher pelas ruas de Juti.
Março começou com a morte de Giseli Cristina Oliskowiski, assassinada pelo companheiro no dia 1°. Jeferson Nunes Ramos foi preso no mesmo dia do crime.
O crime teria ocorrido após uma possível discussão entre o casal. Segundo informações iniciais, a vítima teria sido morta a pedradas e em seguida teve o corpo carbonizado e enterrado em uma cova rasa no quintal da residência, no Aero Rancho.
Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, estava em um relacionamento recente com o seu assassino, Venilson Marques, de 32 anos. O crime aconteceu na manhã do dia 29 de março, no Bairro São Miguel, em Nioaque.
Segundo relatos de testemunhas, houve um desentendimento entre o casal e o homem desferiu dois golpes de faca na vítima, uma na região do tórax e outro da barriga.
No mês de abril, Ivone Barbosa da Costa Nantes, 41 anos, foi a única vítima de feminicídio em MS. A mulher foi assassinada a facada pelo companheiro, Wilton de Jesus Acosta, de 35 anos, em Sidrolândia.
O relacionamento de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, era marcado por ciclos de violência e seria abusivo em Cassilândia. A denúncia partiu da própria mãe, Fátima Aparecida Ramos, após a filha desaparecer no domingo, 11 de maio e ser encontrada morta no rio Aporé, no dia 14 do mesmo mês.
A mãe ainda foi enfática ao citar que o genro a matou após a festa que acontecia na cidade, naquele dia 11 de maio.
“[Esposo] a matou, arrastou ela numa distância de 10 metros e jogou dentro da água. Ele foi muito covarde, porque ele ficou com o telefone dela, respondeu algumas mensagens dela e depois desligou”, contou.
Simone da Silva, de 35 anos, foi assassinada por William Megaioli Ebbing, de 22 anos, que alegou à polícia que matou Simone por ser amante do pai dele. A vítima foi assassinada a tiros dentro de casa, na manhã desta quarta-feira (14), em Itaquiraí.
Olizandra Vera Cano, de 26 anos, foi morta com um golpe profundo no pescoço, na madrugada desta sexta-feira (23) de maio, dentro do quintal de casa, na Aldeia Taquaperi, em Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai. O companheiro da vítima, Celso Irineu, de 32 anos, foi preso em flagrante no local e encaminhado à delegacia pela Polícia Militar.
Graciane de Souza Silva, 40 anos, morreu na madrugada deste domingo (25), no Hospital Regional de Nova Andradina, após sofrer uma série de agressões pelo companheiro. O caso aconteceu em Angélica, a cerca de 323 km de Campo Grande, e é investigado como feminicídio pela Polícia Civil.
De acordo com informações do site local Nova Notícias, a vítima foi inicialmente atendida no Hospital Municipal de Angélica no dia 21 de maio, por volta das 21h. Na unidade de saúde, ela relatou à polícia que vinha sendo espancada desde o dia 17.
As agressões teriam ocorrido nos dias 17, 18, 19, 20 de maio, sempre cometidas pelo próprio marido, com quem ela convivia há cerca de sete anos. A mulher apresentava diversas lesões pelo corpo e contou que foi atingida por vários chutes na barriga, nos ombros e nas costas.
O socorro foi prestado pelo proprietário da casa onde o casal morava de aluguel, que levou a vítima ao hospital municipal. Devido à gravidade do quadro, ela foi transferida para o Hospital Regional de Nova Andradina, onde não resistiu.
Com informações: TopMídia News
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