O juiz eleitoral Fernando Moreira Freitas da Silva recebeu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), que buscava a reeleição e foi derrotada nas eleições de outubro. A ação, movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), aponta suposto abuso de poder político e econômico por parte da gestora.
Acusações do Ministério Público
Conforme a denúncia, Vanda teria utilizado a estrutura do Executivo municipal para beneficiar sua campanha à reeleição. Entre as alegações estão o uso indevido de recursos públicos e a suposta compra de votos para angariar apoio eleitoral. O Ministério Público pede que a prefeita seja declarada inelegível pelos próximos oito anos, conforme prevê a Lei Complementar n. 64/1990.
Documentos anexados ao Procedimento Investigatório Criminal n. 06.2024.00000979-2 foram apresentados como provas para embasar as acusações. O juiz determinou a notificação de Vanda Camilo, que terá cinco dias para apresentar defesa, juntar documentos e arrolar até seis testemunhas.
Operações e Impacto nas Eleições
A gestão de Vanda Camilo enfrentou uma série de investigações em 2024, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMS. Em abril, a Operação Tromper resultou na prisão de Claudinho Serra (PSDB), genro da prefeita, acusado de envolvimento em esquemas de corrupção dentro da Prefeitura de Sidrolândia.
Já em outubro, às vésperas das eleições, a Operação Vigília cumpriu mandados de busca e apreensão contra aliados da prefeita. As investigações e denúncias podem ter contribuído para o desgaste político de Vanda, que acabou derrotada pelo produtor rural Rodrigo Basso (PL).
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